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intensidade, sinceridade e amizade

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Ao que tudo indica, o hardcore melódico está voltando com tudo — e no Brasil não seria diferente! Ultimamente diversas bandas do estilo têm aparecido e chamado a atenção, caso do quarteto carioca Plastic Fire.

Em 2008, eles lançaram o álbum E.xistência P.arcial, bastante elogiado, e um ano depois já o colocaram para download gratuito.

No próximo final de semana, nos dias 27 (sábado) e 28 (domingo) de fevereiro, o PF toca em, respectivamente, São Paulo (no Espaço Impróprio ao lado de Nerds Attack!, Again, Isabella Superstar, Montgomers e Pelican Road) e Americana (no festival Por Nós Mesmos junto com Blood So Pure, Take Off The Halter, Retrocesso e Moana no Brukutus Bar).

Antes disso conversamos com o guitarrista Daniel, onde falamos sobre essa mini-tour, os próximos planos da banda e ainda a respeito da intensidade, sinceridade e amizade do Plastic Fire. É, acredite, isso ainda existe no hardcore!

Entrevista: Daniel (Plastic Fire)
por Ricardo Tibiu
Fotos por: Mauro Pimentel (www.flickr.com/violenciavisual)

Vocês andaram passando por mudanças na formação, porque isso aconteceu e como ficou o Plastic Fire agora?
As mudanças são quase inevitáveis quando os ritmos estão diferentes. Depois da saida do Erick (baterista) em julho de 2009, ficamos abalados porque era um cara que queríamos sempre ao lado, sabe… Enfim, na época o Felipe que tinha acabado de sair do Free Radio, que é uma ótima banda por sinal, foi convidado para fazer um som. Foi tudo natural, a vibe foi ótima, o cara chegou tocando tudo que nem um monstro e em questão de dias eles já estava tocando com a gente. Ele fez seu primeiro show no mesmo local onde o Erick fez o último, em Nova Iguaçu (RJ).

Em 2008, vocês fizeram a Dirty And Real Tour ao lado dos capixabas do Auria e dos paulistas do Preludio. Por onde vocês passaram e como foi fazer essa turnê?
Essa tour passou por Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Foi algo espontâneo, sabe?! Eu já me comunicava com a galera pela internet, a gente brincava dizendo que iria fazer uma tour juntos e, de repente, já tinham os shows! Cada banda ficou responsável por dois shows em sua cidade e foi assim que funcionou!

E como foi tocar com essas bandas?
Foi um prazer dividir o palco com os caras! Tanto o Auria, quanto o Preludio são ótimas bandas e o mais importante disso tudo é que acabou fortalecendo mais ainda as nossas amizades! Posso adiantar que em julho eles estarão no Rio novamente, né Braz?! Né Ricardo?!

No próximo final de semana, nos dias 27 e 28, o PF toca em, respectivamente, São Paulo e Americana. Como é que é trabalhar cinco dias seguidos e no final de semana, que sobra espaço para descansar, sair de sua cidade e encarar horas na estrada para tocar?
Cara, eu tô de férias (risos), mas é duro viu! Por incrível que pareça, gostamos de todo esse processo, de ter que falar com o patrão que vamos chegar atrasados na segunda, de arrumar malas, os shows, porém é muito cansativo!

Qual é a motivação então?
O que motiva é ir para estrada ao lado dos seus amigos, até porque não nos encontramos muito durante a semana por causa do trabalho… Além de ver um monte de pasto e vaca, tocar em lugares legais ou não, conhecer pessoas e encontrar com uma porrada de amigos que só vemos algumas vezes ao ano!

Por falar nos shows da tour, qual a relação que vocês têm com as bandas que irão dividir o palco dessa vez?
Bom, o show do dia 27 eu tive a possibilidade de escolher as bandas que iriam tocar, graças à parceria com nosso irmão Shamil (Inkognitta, Balboa Discos)! Infelizmente o Preludio não poderá tocar no dia!

Eu gosto bastante do Nerds Attack! e do Isabella Superstar
O Nerds Attack! é uma puta banda que respeitamos e todos os caras são brothers! O Again tem um som animal e nunca tocou na capital paulista! O Isabella Superstar sempre dá uma força fodida quando estamos em São Paulo! O Pelican Road são novos amigos e, por fim, o Montgomers são veteranos já! Aliás tinha até acabado a banda e eu consegui convencer o Thiago a mudar de ideia só para fazer esse show!

E as bandas do dia 28?
Nesse dia vai ser um festival local, ainda assim consegui encaixar a rapaziada do Take Off The Halter! É uma linda banda com quem já tenho contato com um dos membros até antes da própria existir!

No mesmo dia da apresentação aqui na capital paulista, vocês participarão do programa de um blog. Vocês já sabem como vai ser isso?
Sei sim! Aproveitando nossa passagem por São Paulo, no dia 27 iremos gravar no MASP uma participação no quadro Momento Underground, do blog Terceiro Mundo Videos! A galera já pode ir mandando as perguntas (junto do nome e o Estado e até o dia 26/02!) por dois perfis do Twitter (www.twitter.com/Terceiro_Mundo ou www.twitter.com/neto_3m). Nunca participamos de algo do tipo, acho que vai ser uma boa experiência! Estamos contando com a participação dos amigos!

Na resenha que fiz sobre o CD do Plastic Fire, E.xistência P.arcial, eu citei o trio americano Whole Wheat Bread, que assim como vocês, é uma banda com negros fazendo um som ligado ao punk/hardcore. Alguma vez já se sentiram descriminados por causa da cor da pele?
Ainda não rolou nada até agora! (risos). Temos muito orgulho da nossa cor e sabemos que banda de afro/punk/hardcore é bem difícil de achar aqui no Brasil. Isso é gratificante, mesmo tendo sempre nosso 25% para a cota de brancos!.

Ainda sobre o CD, como fica a relação com o download gratuito? Pergunto isso porque lembro que são cinco selos que se uniram para fazer o lançamento e depois disso vocês acabaram disponibilizando na internet.
Depois de um ano aproximadamente do lançamento do CD, conseguimos vender bastante, mas ainda tem algumas cópias embaixo da cama do Reynaldo. Nós colocamos o CD inteiro na internet com o objetivo de divulgar ainda mais o som, já que vamos começar a gravar o segundo EP agora em maio. Ele será gravado e produzido pelo Bil (Zander, Noção de Nada) no Superfuzz, no Rio de Janeiro.

Ao que tudo indica o hardcore melódico está voltando a dar as caras por aqui. Quem vocês diriam que são os maiores nomes do estilo no Brasil?
Cara, aí tu quer provocar briga aqui, né?! Vamos lá: Reffer, Street Bulldogs, Dead Fish e Noção de Nada (risos). Fora os clássicos, né?! Tipo, White Frogs, Barneys, Pinheads, Garage Fuzz etc…

Aliás, é assim (hardcore melódico) que vocês definem o som do Plastic Fire?
Usarei as palavras da Thuany, vocalista do Noskill, lá de João Pessoa (PB): “rápido, lindo, frenético, puro e sincero, assim é o Plastic Fire”.

Esta será a terceira passagem da banda em São Paulo, quais vocês acham que são as principais diferenças entre os cenários punk/hardcore do Rio e de SP?
É tudo igual, tudo se parece, só mudam as pessoas!

Pra encerrar, me vi obrigado a fazer uma pergunta bem repetitiva, me desculpem! Mas, enfim, qual a razão do nome da banda ser Plastic Fire?
Acho que essa é uma das mais questionáveis respostas que eu posso dar na minha vida, porque ela, além de viver me rondando, ela nunca se apresenta de uma maneira muito coerente e concreta! Resumindo: por nao saber ao certo a resposta, eu sempre deixo algo no ar, nem que seja um peido (risos).

Não precisa chegar a tanto! (risos).
Agora sério, o nome “Plastic Fire” tem uma representação que, querendo ou não, eu e todos os integrantes da banda acabaram abraçando… Inclusive os que já saíram da banda. “Plastic Fire” pra mim é sinônimo de amizade, como amizade é algo que desmorona e se restabelece, algo que queima e gruda, que explode e que constrói algo novo, algo que, se não é pra sempre, não tem porque realmente ser. Pra resumir: “Plastic Fire” é intensidade, sinceridade e amizade, é o rock fluindo no sangue, sólido, líquido e gasoso, é uma vida resumida em canções… “Plastic Fire” é isso!

Links relacionados:
www.myspace.com/plasticfire
www.fotolog.com.br/plasticfire
Download gratuito do CD E.xistência P.arcial
www.pornosmesmos.com


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